terça-feira, 6 de abril de 2010
Uma leitura
(Texto dedicado a um amigo)
Fevereiro de 2010.
Uma leitura possível sobre um personagem vivo.
*Teorizar nada mais é que um conhecimento especulativo, uma noção geral.
*A presente teoria não possui pretensões acadêmicas e restringiu-se apenas a superficialidade.
*O prefácio sobre personagem vivo foi desconsiderado por ter sido escrito pelo interlocutor.
* Partiu-se do princípio de que tudo significa, só depende do olhar.
Logo que nos abrimos para a leitura percebemos uma visão de mundo desapegada. Embora a natureza do personagem seja sensível e complexa, o desapego propicia um ponto de vista levemente distorcido sobre a realidade das relações.
Nas breves linhas em seqüência nota-se certas organizações de um universo interno que não aprecia invasões a sua privacidade física e emocional sem convite prévios.
Vale ressaltar que de acordo como o personagem negocia com o mundo é necessário articular docemente a possibilidade para uma permissão a escalada, já que em meio a tanta abertura aparentemente natural, o interlocutor é levado a crer na existência de um pote de ouro no cume da montanha (pura ilusão).
No decorrer de suas narrativas fica mais visível notar que a auto-permissão para determinadas dificuldades o perturbem internamente até decidir por qual direção deverá encaminhá-las. Contudo não possui pleno conhecimento sobre a sutileza do lado imaginativo de si mesmo, nem sobre o senso de humor deliciosamente irônico que não aparece facilmente – é necessária a ausência de ingenuidade e atenção na leitura.
Suas principais qualidades são: inteligência, esperteza e conhecimento cínico.
Seus principais defeitos são: tendência ao óbvio, falta de interesse na exploração do corpo feminino e ausência de gentileza em seu discurso.
Há um refinamento na alma e um charme misterioso em sua solidão interna que não permite entrada em seu campo psíquico.
Também não tem ilusões sobre a natureza humana, pois sabe que lá dentro de todos nós, mesmo que muito escondido há um lado obscuro. Entretanto, percebe que independente de quão confuso o mundo seja todos os seres humanos têm algo a fazer sobre isso. A partir daí entra a importância do trabalho - tem consciência que também é corajoso desistir.
Talvez busque encontrar a verdade sobre si mesmo através do social, ou a verdade da própria vida. O personagem é pensativo, e às vezes temos a sensação de que até demais. Necessita comunicar-se, mas observa demais o mundo para levar encontros “a luz da lua” a sério. Não confia em nada que seja imediato, incontrolável ou inexplicável – basta olhar de perto e as respostas saltarão. É descrente da beleza de tudo que não for aparentemente belo, ou seja, possui desejos superficiais.
A partir de seus gostos e vida profissional percebe-se que é um personagem tipicamente realista, ou seja, tende a percepção exclusiva do útil, do seguro, do conhecido.
Sendo assim, conclui-se que não se deu conta, ainda, que o conhecido não exclui necessariamente o vigor e a latência das coisas vivas; e que ainda será necessário comer muito arroz-com-feijão para ler com maestria a figura feminina. A partir daí, então, perceber a diferença entre Mulheres e meninas. Mulheres projetam nos Homens a figura de um companheiro e meninas projetam nos homens a figura de um pai.
Simples assim.
Fevereiro de 2010.
Uma leitura possível sobre um personagem vivo.
*Teorizar nada mais é que um conhecimento especulativo, uma noção geral.
*A presente teoria não possui pretensões acadêmicas e restringiu-se apenas a superficialidade.
*O prefácio sobre personagem vivo foi desconsiderado por ter sido escrito pelo interlocutor.
* Partiu-se do princípio de que tudo significa, só depende do olhar.
Logo que nos abrimos para a leitura percebemos uma visão de mundo desapegada. Embora a natureza do personagem seja sensível e complexa, o desapego propicia um ponto de vista levemente distorcido sobre a realidade das relações.
Nas breves linhas em seqüência nota-se certas organizações de um universo interno que não aprecia invasões a sua privacidade física e emocional sem convite prévios.
Vale ressaltar que de acordo como o personagem negocia com o mundo é necessário articular docemente a possibilidade para uma permissão a escalada, já que em meio a tanta abertura aparentemente natural, o interlocutor é levado a crer na existência de um pote de ouro no cume da montanha (pura ilusão).
No decorrer de suas narrativas fica mais visível notar que a auto-permissão para determinadas dificuldades o perturbem internamente até decidir por qual direção deverá encaminhá-las. Contudo não possui pleno conhecimento sobre a sutileza do lado imaginativo de si mesmo, nem sobre o senso de humor deliciosamente irônico que não aparece facilmente – é necessária a ausência de ingenuidade e atenção na leitura.
Suas principais qualidades são: inteligência, esperteza e conhecimento cínico.
Seus principais defeitos são: tendência ao óbvio, falta de interesse na exploração do corpo feminino e ausência de gentileza em seu discurso.
Há um refinamento na alma e um charme misterioso em sua solidão interna que não permite entrada em seu campo psíquico.
Também não tem ilusões sobre a natureza humana, pois sabe que lá dentro de todos nós, mesmo que muito escondido há um lado obscuro. Entretanto, percebe que independente de quão confuso o mundo seja todos os seres humanos têm algo a fazer sobre isso. A partir daí entra a importância do trabalho - tem consciência que também é corajoso desistir.
Talvez busque encontrar a verdade sobre si mesmo através do social, ou a verdade da própria vida. O personagem é pensativo, e às vezes temos a sensação de que até demais. Necessita comunicar-se, mas observa demais o mundo para levar encontros “a luz da lua” a sério. Não confia em nada que seja imediato, incontrolável ou inexplicável – basta olhar de perto e as respostas saltarão. É descrente da beleza de tudo que não for aparentemente belo, ou seja, possui desejos superficiais.
A partir de seus gostos e vida profissional percebe-se que é um personagem tipicamente realista, ou seja, tende a percepção exclusiva do útil, do seguro, do conhecido.
Sendo assim, conclui-se que não se deu conta, ainda, que o conhecido não exclui necessariamente o vigor e a latência das coisas vivas; e que ainda será necessário comer muito arroz-com-feijão para ler com maestria a figura feminina. A partir daí, então, perceber a diferença entre Mulheres e meninas. Mulheres projetam nos Homens a figura de um companheiro e meninas projetam nos homens a figura de um pai.
Simples assim.